Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

3ª Etapa do programa Viagem Literária trará a escritora Flávia Muniz na sexta-feira em Apiaí

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp

3ª Etapa do programa Viagem Literária trará a escritora Flávia Muniz na sexta-feira em Apiaí

Com 50 obras literárias que ultrapassam a marca de três milhões de exemplares vendidos, a escritora Flávia Muniz estará na Escola Ala na sexta-feira, 11/09, às 14h00, para um bate papo dirigido aos leitores jovens entre 10 e 14 anos. A escritora é a terceira convidada do programa de incentivo à leitura da Secretaria de Estado da Cultura em parceria com a Prefeitura local.

Flávia nasceu em Franca (SP) e graduou-se em Pedagogia pela PUC de São Paulo. Escreve há mais de vinte anos para jovens leitores. É autora de Os Noturnos, romance vampiresco, quarta obra mais lida pelos jovens nas bibliotecas públicas municipais, segundo a revista Vejinha/SP. Algumas de suas obras receberam prêmios e indicações da crítica, como Viajantes do infinito, Rita, não grita!, Brincadeira de saci, e outras. A escritora também participa da antologia “O Livro Vermelho dos Vampiros”, organizada por Luiz Roberto Guedes (Devir Editora). Flávia atua no mercado editorial como autora e editora, e escreve para suplementos, sites e revistas. Vive em São Paulo, com a família.

Em recente entrevista, Flávia Muniz falou sobre o seu início no meio literário.
Flávia Muniz: “Penso que fui despertada para as histórias muito tempo antes de elas se tornarem algo necessário em minha vida. Desde criança gosto de ouvir os relatos das pessoas. Fui educada em uma família que gosta de conversar e contar o que sabe, presenciou ou ouviu dizer. Passava férias na fazenda das tias e cidades do interior de SP – o que foi um presente dos céus! – e pude explorar a natureza, brincar muito e conviver com gente simples que se reunia à noite pra contar causos e historias de assombração. Havia um clima muito propício ao desenvolvimento da imaginação e da criatividade, no inverno e diante do fogo da lareira, no entardecer no campo, no silêncio do mato, em noites estreladas, nas chuvas fortes… Tudo foi experimentado e vivido com muita intensidade para uma criaturinha impressionável como eu.

Depois, com a vida profissional desabrochando, percebi na sala de aula que sentia prazer imenso em reviver esses momentos fantásticos da infância partilhando histórias com meus alunos, levando-os à biblioteca, fazendo-os ver além, dividindo com eles as emoções da leitura. Eu me divertia muito dando aulas. Sempre tenho saudades da escola. Sou pelo convívio escolar… e olhe que eu também briguei por lá. Manter a criança intacta, em si, é tudo de bom.

Com a maturidade, descobri outros motivos para escrever, sabe, uma busca interna, a luta por uma voz, uma necessidade de expressão, de trazer à tona coisas da alma. Percebi que não é tarefa fácil, é apenas deliciosa, uma responsabilidade imensa diante do outro que nos lê. Talvez, dada à minha formação em Educação, ou por ter consciência do valor das palavras como premissas para a ação, ou do modo como elas podem afetar a formação das mentes, tenho uma tendência a supervalorizar o efeito delas. Isso me leva a ser cuidadosa ao escolhê-las. Não me limitar, mas me superar ao fazê-lo, só com mais cuidado”.