Mais verde que amarelo!
Durante dois dias de exposição de um projeto sobre os cuidados com meio ambiente envolvendo alunos do fundamental as faculdades, o Colégio Cecília Meireles, recebeu três mil visitantes. Puderam ver as conseqüências de ações do homem na ocupação de espaço e atitudes que poderão contribuir com a preservação da vida.
Na abertura dos trabalhos a diretora professora Maria Salete enfatizou a importância da conscientização sobre a utilização dos recursos naturais, trabalho iniciado em 2003 através do projeto: solidariedade ao meio ambiente. Também comentou sobre a agenda 21 e a participação do Colégio em diversos seminários sobre o desenvolvimento sustentável para o Vale do Ribeira.
Refletir no dia a adia a consciência de responsabilidade das pessoas no processo de transformação do mundo tem sido a política de preservação ambiental desenvolvida com os estudantes aproveitando detalhes da convivência. Situações que vão da reciclagem do óleo de cozinha utilizado no colégio, há algum tempo não se compra sabão na escola Cecília Meireles, a pesquisa e cuidados com a água.
As salas organizadas pelos estudantes com orientação dos professores expuseram estudos de como conviver sem destruir, reaproveitar foi à palavra de ordem.
Na casa de bonecas, montada numa das salas, podia-se observar brinquedos diversos feitos com materiais reaproveitados, à confecção dos brinquedos foi orientada pelos alunos do curso de Pedagogia da UNOPAR e doados para as creches de Pinheiros e Cordeirópolis após a exposição.
Além de reutilizar também foi possível observar alternativas para diminuir o consumo de bens naturais como à madeira que mantém o funcionamento das cozinhas na zona rural. Uma experiência desenvolvida pelo aluno Marcos Chiodi Jr. sob orientação do prof. Hamilton expôs o fogão solar; alternativa já em prática em regiões do norte do País onde a lenha está escassa ou inexistente. Nessa linha de mostrar o que pode ser feito para preservar estudantes do 2º. Ano ensino médio e 2º. Modulo técnico de química, orientados pelo prof. Carlos, mostraram como se produz o biodiesel uma alternativa de energia. O aquecimento global foi colocado para todos através de um trabalho das oitavas séries que contaram com o apoio dos professores Oziel, Ana Elisa e Henrique, efeito estufa demonstrado pelos alunos do 2º. Ano de química, professores Tais, Adriana, Jaqueline, Célia Regina.
Mostrando a responsabilidade de todos na situação do meio ambiente foi apresentada à história do planeta, o homem com suas interferências na ocupação de espaço e algumas soluções que encontrou para superar limitações. Muitas dessas atividades resultaram em devastações e a responsabilidade de cada um foi chamada ao visitarem a sala: ?Bem Vindos a 2050?, organizados pelo professor Jéferson. Todos puderam observar o que nossas ações poderão provocar.
A música também fez parte e a mensagem foi clara pelos alunos: Pedro, 1º ano do ensino médio, Gabriela e Amanda, 8ª série.
A decoração do palco lembrando que é melhor termos mais verde do que o amarelo do lucro compôs com o desfile de modas confeccionadas com materiais como: sacos de lixo, sacolas de merenda, copinhos, cacos de vidro, redinhas de laranja, fitas cassetes, garrafas peti e jornal, a idéia de que é possível preservar em todas as atividades, o que precisa é criatividade. As roupas foram criadas pelos alunos do 5º. Modulo de administração de empresas do curso da UNOPAR.
Alunos do curso de pedagogia, 4º. Modulo que lecionam na escola municipal Profa. Honorina desenvolveram com seus alunos, enquanto estágio, a montagem do teatro com marionetes apresentando as quatro estações de Vivaldi e com alunos e marionetes o Lago dos Cisnes de Tchaicovski.
Visitar a exposição foi tomar conhecimento da situação difícil que vive o meio ambiente do planeta a começar pelas águas na sede do Alto Vale. Professores e alunos caminharam da estação de tratamento as principais nascentes constatando a necessidade de cuidados, também foram saber das tecnologias existentes para diminuir a emissão de poeira na atmosfera. O sistema de filtragem que existe na fábrica Camargo Correia foi demonstrado com uma experiência em dois momentos, como era e as inovações que recebeu. A valorização da argila empregada na região foi lembrada, estudantes fizeram pesquisa de campo no Bairro Encapoeirado e Iguape.
Diversos trabalhos mostraram a importância da consciência e divulgaram alternativas de vida, o colégio recentemente recebeu o Selo Nacional de Qualidade de Ensino, classificando-se entre as 120 melhores escolas particulares do País. O referencial foi o desempenho dos alunos no ENEM e SARESP. A nota obtida 94,78, motivo de grande comemoração por todos os integrantes.
Conversando com as professoras Maria Salete Pereira Gomes e Maria Célia Serrano Dias Batista, diretora e vice, observa-se que a preocupação com as questões ambientais não ficam apenas no papel ou na exposição, fazem parte da rotina da escola disse a diretora na abertura do evento: ?… está na hora de fecharmos as torneiras, vamos acabar com o desperdício geral, chega de pensar que vivemos em um mundo de fartura…?
